Adolescência é marcada por intensas mudanças de desenvolvimento físico, social e psicológico. Estas quando associadas a padronização de imagem, amplamente estimuladas através de diversos espaços midiáticos, podem vir a favorecer o surgimento de inseguranças relacionadas a autoimagem corporal e
consequentemente possíveis mudanças no comportamento alimentar. Objetivou-se investigar a prevalência da compulsão alimentar e a distorção da imagem corporal em adolescentes matriculados em uma instituição de ensino particular de Vitória da Conquista. Através de uma abordagem de caráter descritivo e de campo, foram utilizados para a coleta de dados, os questionários (BSQ e EAT-26), dados antropométricos de peso e estatura para a avaliação e classificação nutricional de acordo com o Ministério da Saúde. O público-alvo foi composto por 18 adolescentes do 1o ao 3o ano do ensino médio, onde a maioria apresentou eutrofia em relação à estatura e ao IMC, mas a presença de sobrepeso foi observada em 8,7% dos adolescentes, dado este preocupante. Em relação à distorção de imagem corporal, observou-se que 60,9% não apresentou distorção de imagem corporal e 39,1% dos estudados apresentou na classificação de leve a grave distorção. Desta forma o risco de desenvolvimento de compulsão alimentar e a insatisfação de imagem corporal estiveram presentes e se mostraram expressivos nos participantes investigados. Tal fato destaca a necessidade do desenvolvimento de intervenções com esses estudantes, com um planejamento com todos (diretores, educadores, pais, entre outros), para que corroborem com a conscientização dos alunos em relação à temática e atenuar os efeitos deletérios à saúde.